Por Fortunato Martins – Quando tratamos de política, é importante que as diferenças sejam evidenciadas para ajudar a sociedade no processo de escolha de seus representantes nas eleições que se aproximam. Os governos de FHC (PSDB), Lula e Dilma, ambos do PT, em nada se diferenciam nas práticas da governabilidade com aliados e suas relações com o mercado.
Quando assumiu o governo, FHC já trazia na aliança, formando a coalizão conservadora, duas velhas figuras da política nordestina, Marco Maciel e Antonio Carlos Magalhães, ambos do PFL, hoje DEM, hábeis no convencimento de aliados para conquistar os votos necessários para desmontar o Estado Nacional e entregar empresas públicas à propriedade privada. Empresas como Telebrás e Vale do Rio Doce, com enormes potenciais de lucro, foram entregues a preço de banana ao capital privado, envolvendo um obscuro processo de corrupção.
Os governos comandados por Lula e Dilma são a dupla face das práticas do PSDB e aliados, como o fisiologista PP. No governo de Lula, o oligarca nordestino José Sarney (PMDB) ocupou posto estratégico no comando do Senado brasileiro para dar a sustentação aos planos do lulismo de submissão ao capital internacional, dando sequência ao programa iniciado por FHC.
O PT seguiu à risca a cartilha do FMI. Manteve a economia exportando produtos primários, típico de países dominados pelo colonialismo do século XV, aprofundou a especulação, favorecendo os lucros exorbitantes dos banqueiros, e abriu caminhos para as concessões e a privatização branca de portos, aeroportos, poços de petróleo e outros recursos naturais pertencentes ao povo brasileiro. Além disso, Lula e Dilma se caracterizaram por se envolverem em inúmeros escândalos de corrupção.
No governo Dilma, na composição com seus aliados, tanto PT como PMDB, PSB, PC do B e outros aliados nanicos se empenham para desmontar a coisa pública através do processo de privatização das empresas construídas pelo duro trabalho do povo e pelas concessões levadas com intensidade no governo Dilma.
Nesses aspectos, devemos nos empenhar para proteger o SUS e as universidades públicas, que são alvos atuais no processo de privatização. O povo tem que ficar atento, porque a desmoralização das universidades há tempos vem sendo intensificada. A universidade pública é uma das maiores conquistas do povo brasileiro e não podemos permitir que os políticos conservadores insistam na tentativa de privatização.
Eles não continuarão enganando povo brasileiro por muito tempo. O PSOL tem o papel de dialogar com a sociedade e se colocar como defensor do patrimônio do povo, buscando novas estratégias de gestão, investimento em pessoal, tecnologias, ampliação e qualificação dos atendimentos ao público que procura as obrigações do Estado.
Fortunato Martins, professor universitário e candidato do PSOL ao Senado