Hoje é sexta-feira santa e lembramos nesta data especial da Paixão de Cristo para aqueles que o seguem como Cristãos.
A despeito do simbolismo da data, neste dia vivenciamos o amor universal presente na Cruz de Madeira, onde um Deus se fez carne para espiar os pecados do mundo, como sacrifício santo, tendo como objetivo fazer que as almas não pereçam.
O desafio é vivermos plenamente esse amor com nossos próximos, alimentando a quem precisa, dando esperança aqueles sem esperança, amando aos que estão longe de qualquer gesto de amor.
Não posso amar só de palavras e enquanto estou numa mesa rodeado de familiares.
Devemos nos lembrar principalmente dos pobres e mais necessitados.
O amor aos pobres é também um dos motivos do dever de trabalhar, para ter o que partilhar com quem tiver necessidade. Não se estende apenas à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e religiosa.
O amor aos pobres é incompatível com o amor imoderado pelas riquezas ou o uso egoísta delas. Quando damos aos pobres as coisas indispensáveis, não praticamos com eles grande generosidade pessoal, mas lhes devolvemos o que é deles. Cumprimos um dever de justiça, e não tanto em ato de caridade.
As obras de misericórdia são ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência.
As obras de misericórdia corporal consistem, sobretudo, em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede: moradia aos desabrigados: vestir os maltrapilhos: visitar os doentes e prisioneiros e sepultar os mortos.
Sonho com um mundo mais justo e quero lutar por ele e com aqueles que repudiam a manutenção da pobreza e de isolamento social, político e relacional.
Linda a poesia de José Martins Fontes
Ama, para que, assim, sejas amado…
Se queres ser amado, ama primeiro,
Faze-te amar, amando com ternura,
Pois só merece a graça da ventura
Quem for capaz de um culto verdadeiro.
…
Sem raízes profundas no canteiro,
Em teu jardim nenhuma flor perdura.
É preciso que a terra seja pura,
Para viçar, florindo, o jasmineiro.
…
Sob a sideração do amor fulmíneo,
Pode estar crente todo enamorado,
Que há de se realizar seu vaticínio.
…
Quem for constante, sendo delicado,
Pelo espírito alcança o predomínio,
Sabendo amar, para ser amado.
Oro para eu saiba amar verdadeiramente e com profundidade. Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues. Advogado e professor universitário.